
Hoje eu fui abatido
E a nostalgia me pegou tal qual aquelas gripes pesadas
que não nos deixam andar, pensar, ou dar sequer um gemido
Quando só queremos ficar deitados contando as horas passadas
E um silêncio encheu minha boca inundando-a de palavras não ditas
e de toda aquela culpa pelas palavras mal ditas,
Toda aquela sentimentalidade tardiamente concebida
que tenho mantido em algum canto de minha mente escondida
E uma indiferença das cores que estavam ali
e do pôr do sol que nunca esteve tão monótono
e das dores que carrego aqui
De todasas coisas que com o tempo desbotam
Havia também uma ausência de querer
onde isoladamente só havia o querer você
um sentimento que tento muito reverter
mas que inignoravelmente insiste em me acometer.
E é tudo parte da dinâmica de uma hipócrita liberdade
onde diz-se estar livre até morrer
Mas tem-se cativo toda atividade
que não passa sem sua ausência perceber
Hoje foi um dia silencioso
onde ignorei até o som das ondas do mar
mas somente um sentimento em mim sedicioso
é que não foi possível se ignorar...
Senti sua falta...
[...]
[PH]elipe R. Veiga
PS: Talvez se não fossem as palavras não ditas e as palavras mal ditas... teria sido hoje... Um ano... [...]
Mas quem poderá dizer?!