Ó tu que tens nas mãos, sob os diversos sentimentos que se renovam a cada página inda não lida. Não repares se a forma é apurada ou se a métrica foi talvez torcida, olhe somente a Vida nos meus versos que a Vida do meu verso - é a minha vida" (Vinícius de Moraes)
terça-feira, 28 de abril de 2015
Como tomar decisões diante de fatos que nos ensinam somente diante do erro?! É a impossível equação entre ferida e cicatriz, e ambas doem. A primeira arde o momento, a segunda queima o passado, a lembrança, a culpa, a impossibilidade de redesfazer. Somos essa infindável coleção de impossibilidades. Diante disso não me assusta a imensa coleção de contos e ficções, essa tentativa tola de sublimar impossíveis. Vou-me sendo a cada dia um dia mais velho, e vou percebendo que somos mais e mais muito mais pelo que não somos, o que nos define não é nossa atitude feita, mas o limite dela. Não é o meio, é a borda. Pelas nossas incapacidades se desenham nosso caráter e nossa identidade. E o curioso é que previsão nenhuma jamais disse que a Vida se define por um assumir-se de si mesmo. Por uma atitude tão ridiculamente simples e tão irremediavelmente selada, proibida, cerrada. Ser enfim é olhar no espelho, além do espelho e se reconhecer, mas quem?!
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