Que barulho é esse?!
Não, não pode ser isso…
Deve haver um relógio em algum lugar,
Alguém a dedilhar
Ou então uma bomba, isso, uma bomba!
Não, não é isso…
Que espanto!
É meu coração!
Que espanto terrível, ele pulsa sem o teu…
E ainda os meninos saltam sem ti na praia…
E o sol nasce sem ti e se ergue ao céu …
E anoitece, sem ti…
Que absurdo, anoitece sem ti!
Não, não pode ser isso…
Deve haver um relógio em algum lugar,
Alguém a dedilhar
Ou então uma bomba, isso, uma bomba!
Não, não é isso…
Que espanto!
É meu coração!
Que espanto terrível, ele pulsa sem o teu…
E ainda os meninos saltam sem ti na praia…
E o sol nasce sem ti e se ergue ao céu …
E anoitece, sem ti…
Que absurdo, anoitece sem ti!
Tenho raiva da vida que segue sem ti…
Tenho raiva de mim,
Carrego no peito uma raiva sem fim.
Tenho raiva de mim,
Carrego no peito uma raiva sem fim.
Desde que tu te fostes,
Devolvestes-me a meu antigo lugar.
Por um pouco fui vivente
Agora reassumo meu velho papel vital
O de mero observador da vida
Escrivão das coisas que há
Pobre rimador de dores e cores
Agora sou novamente o miserável observador de outrora
Aquele que inveja as mãos dadas nas praias
Os beijos nas praças dos shoppings
Até o abraço do mar no sol ao fim da tarde
Porque mesmo sabendo que eles jamais se tocam
Pelo menos podem trocar olhares
E eu tenho de fechar meus olhos pra ver os teus…
Lembrar os teus
Imaginar…
Que espanto!
Devolvestes-me aquela velha angústia
E a minha fissura pelo mar
E aquela minha velha saída única
Devolvestes-me ao meu desespero usual, cotidiano, monótono…
E a minha velha vontade de partir sem retorno
De andar em frente até que o mundo atinja meu rosto…
Até que eu caia…
E te abrace enfim de novo.
E a minha fissura pelo mar
E aquela minha velha saída única
Devolvestes-me ao meu desespero usual, cotidiano, monótono…
E a minha velha vontade de partir sem retorno
De andar em frente até que o mundo atinja meu rosto…
Até que eu caia…
E te abrace enfim de novo.
Que espanto!
Devolvestes-me tudo
E ainda assim
Me deixastes sem nada
porque no fim, tudo eras tu
e nada mais, NADA MAIS!
Que espanto!
QUE TERRÍVEL ESPANTO!!!
[PH]elipe Ribeiro Veiga
------------------------------------------------------------------------------
"Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso
Mas a outra metade é um vulcão..."
Metade de Mim - Oswaldo Montenegro
3 comentários:
A vida te sentencia viver! Tudo oq eu você precisar nem precisa dizer eu to aui para ajudar você! DTA beijos
gosto muito dos teus escritos. Beijo.
Postar um comentário