Lembro de suas matizes juvenis, de suas juras e certezas. Lembro dos seus risos etílicos. Lembro de seu sambar disfarçado fingindo que sabia mas ao mesmo tempo sem se preocupar em saber. Lembro de seu cigarro frouxo no canto da boca mirando a bola na mesa de sinuca, recitando palavrões como quem declamava Neruda e Manoel de Barros. Lembro de sua saia longa, sua blusa curta, sua sandália que te deixava mais descalça do que te calçava. Lembro de suas broncas, do seu molejo. Lembro de seu corpo personificando toda a anarquia de todos os carnavais.
Minha estrela que tanto se faz passar por satélite (Seba lá deus - ou Freud - o porquê). Lembro-me tão bem de você! E se bem me lembro, você também acha nostalgia uma coisa das mais bregas que existem, mas não me julgue tão mal. Por um segundo, entenda, na praia da saudade cedo ou tarde se banha toda a humanidade...
Phelipe Ribeiro Veiga
20 de abril de 2014 - 13:56
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