segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Esquecidos - 10 de Novembro de 2008 - 11:25


Relógios "tictaqueando" na minha cabeça
seguem seguindo ao contrário
impedindo que eu me ensoberbeça
mostrando-me que para eles não há quem seja páreo

Ao tempo não há montanha que resista
não há mar que não seque
não há vida que insista
ou sentimento que não peque.


Diante do tempo não há eterno
tudo é efêmero em essência
nada é para sempre terno
ao fim, tudo é vã experiência

A lembrança se perde
e o ouro se corrói
a maior estrutura cede
e ao mais forte dos homens destrói

Porque a maior morte que se pode sofrer
é a de ser esquecido
e isto é a tudo perder
é ser sem jamais ter sido

Por isso em tua mente incauta quero me refugiar
em algum canto quietinho me esconder
ficar perto do que é bom pra você me associar
e assim jamais de mim se esquecer

Até que da morte, se esqueçam de ti
e de mim já terão se esquecido
Perde-se o peso disso aqui
se por ti eu ainda for querido

Mesmo em eterno sono, quero contigo sonhar
e nos teus sonhos eternos quero viver
esquecidos, juntos vamos estar
sem um do outro jamais se esquecer.

[PH]elipe R. Veiga

Um comentário:

Menina Pequenina disse...

"Mesmo em eterno sono, quero contigo sonhar
e nos teus sonhos eternos quero viver
esquecidos, juntos vamos estar
sem um do outro jamais se esquecer."
Viver no sonho do outro, esse é um dos meu maiores desejos,eu vivo sonhando com isso... Ma será que um dia isso se realizará? Não sei... Mas certeamente você estará guardado não apenas no sonho mas em lembranças fotos cnações textos e N coisas na vida d e inumeras pessoas.

Sobre um cofre no peito.

É de uma longa caminhada que venho, e foi nesse processo de muitos anos que fui aprendendo a sanear meus comprometimentos. Não por mero rigo...