Ó tu que tens nas mãos, sob os diversos sentimentos que se renovam a cada página inda não lida. Não repares se a forma é apurada ou se a métrica foi talvez torcida, olhe somente a Vida nos meus versos que a Vida do meu verso - é a minha vida" (Vinícius de Moraes)
sábado, 22 de março de 2014
Sobre a erva-passarinho.
sexta-feira, 7 de março de 2014
Sobre o amor, coisa quieta...

quinta-feira, 6 de março de 2014
Sobre o Acaso.

Por vezes o Acaso se cansa, e se debruça na janela dos acontecimentos e assiste a tudo, e aí nada acontece. Nessas horas a brisa desvia dos cabelos, a coceira evita o meio das costas, o cisco desvia dos olhos e a pedra evita o sapato. Nessas horas os ponteiros demoram tanto a andar que pesam no nariz dos relógios de todos os lugares fazendo rugas no rosto do tempo, e tudo isso porque o Acaso preguiçosamente assiste pela janela dos fatos a tudo e não tem vontade de nada. O rio espelhado faz pecar a paisagem por um excesso de céu, e tudo padece de modo chato e tedioso. O Acaso suspira, e por causa de sua preguiça os amores vão criando teias e os amantes ainda a se conhecerem resolvem ficar em casa e ver televisão, as nuvens retém as chuvas, as folhas pendem desanimadas nos galhos de todas as árvores. Mas o Acaso não liga. O Acaso, que é o ocaso de tudo, guarda mesquinho para si todas as possíveis novidades do mundo, e tudo envelhece feiamente imutável. Isso porque nessas horas o Acaso só suspira, vagueia silencioso em pensamentos e planos, e preguiçosamente não quer fazer nada...
Phelipe Ribeiro Veiga
06 de Março de 2014 – 15:43
Sobre um pelo branco.
Hoje eu percebi um pelo branco no meu braço e lembrei de você. Pensei nos seus olhos infantis. Na sua gargalhada hipersônica. No seu sorriso...
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O copo transbordou e virou. O recipiente para o qual eu escoava todo o meu amor, minha expectativa de futuro, de correspondência, de acolhim...
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É de uma longa caminhada que venho, e foi nesse processo de muitos anos que fui aprendendo a sanear meus comprometimentos. Não por mero rigo...
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