domingo, 26 de outubro de 2008

Inignorável Ausência - 27 de Outubro de 2008 - 01:01




Hoje eu fui abatido
E a nostalgia me pegou tal qual aquelas gripes pesadas
que não nos deixam andar, pensar, ou dar sequer um gemido
Quando só queremos ficar deitados contando as horas passadas

E um silêncio encheu minha boca inundando-a de palavras não ditas
e de toda aquela culpa pelas palavras mal ditas,
Toda aquela sentimentalidade tardiamente concebida
que tenho mantido em algum canto de minha mente escondida

E uma indiferença das cores que estavam ali
e do pôr do sol que nunca esteve tão monótono
e das dores que carrego aqui
De todasas coisas que com o tempo desbotam

Havia também uma ausência de querer
onde isoladamente só havia o querer você
um sentimento que tento muito reverter
mas que inignoravelmente insiste em me acometer.

E é tudo parte da dinâmica de uma hipócrita liberdade
onde diz-se estar livre até morrer
Mas tem-se cativo toda atividade
que não passa sem sua ausência perceber

Hoje foi um dia silencioso
onde ignorei até o som das ondas do mar
mas somente um sentimento em mim sedicioso
é que não foi possível se ignorar...

Senti sua falta...

[...]

[PH]elipe R. Veiga
PS: Talvez se não fossem as palavras não ditas e as palavras mal ditas... teria sido hoje... Um ano... [...]
Mas quem poderá dizer?!

5 comentários:

Anônimo disse...

Lindo como todos os outros que vc escreve,deu até vontade de chorar
<3

vitor disse...

fazendo uma limonada com os azedos limões da vida. tá certo =P

Menina Pequenina disse...

Não se culpe nada acontece por acaso!

marimagno disse...

que lindo.
me culpo por não dizer sempre.
mas melhor o silêncio do que palavras malditas ou mal ditas. não é mesmo?

Felipe Lima ™ disse...

ameeeeei ... : /

Sobre um cofre no peito.

É de uma longa caminhada que venho, e foi nesse processo de muitos anos que fui aprendendo a sanear meus comprometimentos. Não por mero rigo...