Vou saindo da casca. Pouco a pouco vou descobrindo meu espelho, tirando aquele manto de medos e incertezas que o cobria. Estou revelando-me a mim mesmo, e aceitando meus pontos fracos, meus receios e meus anseios. Minhas monstruosidades e minhas ações mais puras também. Pouco a pouco venho sendo. Como um sol que leva muito tempo pra se levantar vou nascendo no horizonte preguiçoso, cauteloso. Sou humano, as vezes fraco, as vezes invejoso, as vezes inseguro, as vezes covarde, mas sempre capaz de ao menos uma vez por dia contradizer tudo isso, porque é isso que somos, belas rosas com terríveis espinhos. E vai me soando mais e mais idiota pensar em ser diferente do que vou sendo com o passar dos anos. Vai me parecendo estúpido qualquer tentativa de não ser. Afinal, não ser seria... não ser, não? Fato que venho nascendo, ascendendo em mim mais verdades, maiores sinceridades e uma intensa autenticidade, comigo e com os outros, e vai se reduzindo meu número de amigos por isso. Arre, pergunto-me, haverá o amor de um amigo sequer ao fim desse processo sem fim? Será que ao menos minha mãe me amará? haverá lugar no mundo que não me odeiem ou não fujam de mim? Lugar onde isso valha ao menos um abraço?
...
Deve haver... sim... há de haver,
e se não houver, creio, verei este lugar nascer...
dentro de mim...
Pois uma vez nascido esse sol em mim, independente da estação
fabricarei em minh'alma meu próprio verão.
Com carinho,
Phelipe. (Ribeiro Veiga)
26 de Maio de 2011 - 22:23
4 comentários:
A mães sempre amam, talvez não aceitem certas coisas ma o amor não há de faltar. Ninguém foge de ninguém, apenas vai mudando de grupo, pra tentar "se encaixar".
Lembre-se você não é seus atos!
beijo
Hurricane
sempre vai valer a pena sermos para nós mesmos..
sempre!
beijos Phelipe e boa sexta;;
Que gentileza, querido!
Adorei seu comentário, e mais ainda do seu blog!
Beijo meu, e uma otima sexta! =)
Phelipe, gostei daqui.
Não da pra seguir?
Beijo.
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