terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Em Cruz Ilhado


Pois bem, te digo que aquele barulho surdo de chão oco silenciou meu coração. Agora já não passa de um compasso, um conta-tempo, um contra-tempo... um coração.E meu desejo é tudo que resta, desejando desde um morango da feira a beleza da estrela Sirius... quão extenso é meu desejo... Ele vai passeando, se esbarrando, e meu peito segue vácuo onde nem som nem luz se propagam... ele suga tudo ao seu redor e cospe em algum lugar onde ainda serei ou fui. Eu fico sentindo essa dissonancia entre o que inspiro e o que me inspira... o que respiro e o que me respira... e quem pira sou eu!
Quer saber? Não sei! Pronto.
Só me resta confessar asism minha condição...
Em cruz ilhado.

Phelipe Ribeiro Veiga
15 de Fevereiro de 2011

2 comentários:

Evandro L. Mezadri disse...

Muito bom, curti o estilo que você passa suas mensagens, direta e forte.
Grande abraço e sucesso!

Unknown disse...

antes do café, respirei suas palavras, enchi os pulmões com a leveza que há nelas ... piramos com, imagina sem elas - nem ponte teriamos, ou um barquinho a remo - só ilha.

Sobre um cofre no peito.

É de uma longa caminhada que venho, e foi nesse processo de muitos anos que fui aprendendo a sanear meus comprometimentos. Não por mero rigo...