No tocante ao toque, nada me toca.
Eu, cansativo, não me toco que nada me toca,
daí sigo nessa com/Pulsão de precificar o momento,
dividir a conta,
presumir os investimentos e os rendimentos do afeto.
Essa repetição performativa do que não sou pro outro
e do que o outro não é pra mim. Esse resto de certeza que faz duvidar.
O encontro para mim se mede na reciprocidade... ?!
O enamoramento, solitário, se solidifica, eis...
o muro.
Um muro de lamento/ações.
O encontro desencontra à luz de um luar trancafiado nos meus olhos.
Não tem como com/partilhar a lua, nem o beijo, nem o abraço, nem o tesão, nem o gozo, nem a dor, nem os balbucios repetitivos de minhas tentativas de fazê-lo.
Nesse desencontro há reciprocidade,
a inexistência compulsória e sem exceção
das possibilidade de aproximação.
Fica esse esfregar-se no nada
feito à lâmpada vazia de um gênio des/falecido.
Já não pelo desejo nem pelo gênio,
mas pela lâmpada firme, fria e consensual,
"não há relação sexual".
Phelipe Ribeiro.
16 de fevereiro de 2017 - 20:01
Nenhum comentário:
Postar um comentário