Desprendi do chão e vou subindo sem destino.
A gravidade (das coisas) soltou minha mão.
Vou subindo e tudo vai ficando pequenininho e distante.
Longe. Muito longe.
Daqui vejo tudo e ninguém me vê.
Daqui escuto tudo e ninguém me ouve.
Minha língua, que já não funcionava aqui,
resta descansada sem nada dizer.
Faz frio.
Há um luto por um mundo inteiro que se vai de mim.
Lamento por tudo e vou ficando mais e mais
indiferente a qualquer coisa.
Vou subindo e escalando nuvens,
já olhando mais pra cima que pra baixo,
ansiando por uma Nave Mãe qualquer
que me possa resgatar.
Uma lua extra-terrestre onde eu possa me refugiar até de mim
ou um buraco negro qualquer
onde eu possa desintegrar minhas dores sem que doa.
Vago.
A gravidade (das coisas) soltou minha mão.
Vou subindo e tudo vai ficando pequenininho e distante.
Longe. Muito longe.
Daqui vejo tudo e ninguém me vê.
Daqui escuto tudo e ninguém me ouve.
Minha língua, que já não funcionava aqui,
resta descansada sem nada dizer.
Faz frio.
Há um luto por um mundo inteiro que se vai de mim.
Lamento por tudo e vou ficando mais e mais
indiferente a qualquer coisa.
Vou subindo e escalando nuvens,
já olhando mais pra cima que pra baixo,
ansiando por uma Nave Mãe qualquer
que me possa resgatar.
Uma lua extra-terrestre onde eu possa me refugiar até de mim
ou um buraco negro qualquer
onde eu possa desintegrar minhas dores sem que doa.
Vago.
Irvine, 19 de abril de 2022
Phelipe Ribeiro Veiga
"Nada serve de chão onde caiam minhas lágrimas" - Caetano Veloso
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