segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sobre as exigências da Poesia.






E quando a poesia bate na porta, insistentemente? 
Eu levanto da cama preguiçoso para atendê-la.
Abro a porta.
Lá está ela, tragando um cigarro de sonetos Vinícius, fazendo fumaças engraçadas como uma rima de Quintana. Ela veste um Tom, Nelsom Rodrigues, parece uma outra, Pessoa, fazendo charme. Ela está puta com a zona que trago no peito. Ela se desconforta, e se recusa a entrar... e não me deixa voltar a dormir, nem sequer fechar a porta. Ela não é de se ignorar.
É hora de arrumar a casa... 
Pois capacho não é lugar de rimar... 
É preciso ter conforto na alma pra poesia entrar...




"Boa noite e boa sorte..."


Phelipe Ribeiro Veiga
04 de Junho de 2012 - 22:21





"A gente todos os dias arruma os cabelos: por que não o coração?"
Provérbio chinês

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei... Você consegue transcrever sentimentos, bom mesmo é "ler pessoas" (como você) que conseguem fazê-lo.

Sobre um cofre no peito.

É de uma longa caminhada que venho, e foi nesse processo de muitos anos que fui aprendendo a sanear meus comprometimentos. Não por mero rigo...