Enquanto os ponteiros vão arranhando as horas eu vou colecionando suas ausências. Vou engolindo os versos que nascem do desespero da saudade, as músicas que só fazem sentido sob a sombra de quem não está. A imaginação que não é mais minha, é sua, haja vista que fica perseguindo seus passos, seus risos, seus exasperos, imaginando e imaginando você, fazendo pouco da realidade que é de fato pouca sem a sua companhia.
A saudade arranha. A saudade, aranha, tece teias sobre todos os batentes, deixa rastros invisíveis pros olhos, latentes a todos os outros sentidos. A saudade é líquida. Vai achando brechas em todos os significados e significantes, vai completando minhas frases, sugerindo palavras, cores, momentos. A saudade vai erodindo silenciosa e desesperada.
Contempla meu amor, as luzes dessa cidade. A saudade é mais ofuscante, é maior. A saudade é atroz. Só não é mais forte que a sua presença quando você está.
Um beijo de quem conta os segundos pra você voltar.
19 de Maio de 2013 - 20:08
“Darling, Se você soubesse como a minha vida ficou monótona; Tão sem gosto de nada. Às vezes tenho impressão que não vou poder mais agüentar nem mais 5 minutos sem te ver.
E ainda faltam tantos 5 minutos, meu bem.
Eu te adoro, te entendo, te venero. Tu és a minha vida, meu tudo. É diferente. Eu sou teu escravo, teu criado e tua cria. E tu és a minha namorada ilícita, esposa amantíssima e cidadã ímpar na terra”.
Vinícius de Moraes
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