Vontade de me deparar com sua nudez, abruptamente, para te vestir dos beijos meus. Vontade de ver-te em um sono pesado de sonhos distantes, para contemplar seus pequenos movimentos de lábios, sorrisos discretos, suspiros, o seu aconchegar-se aninhando-se junto ao meu corpo, os movimentos de olhos, curiosos ainda que fechados. Vontade de ouvir sua voz preguiçosa perguntando as horas, sabotando meus despertadores... e eu me deixando ir pra te acompanhar nesse navegar à deriva tão gostoso que é a nossa cama, onde não há pressa de chegar, mas um denso prazer em se estar. Vontade do silêncio pausado dos beijos, que são as virgulas das nossas conversas de olhares. Vontade do frio que serve de pretexto pro calor. Vontade de nós embolados em nós infindáveis sem pontas à vista. Perdemo-nos um no outro. Vontade...
Phelipe Ribeiro Veiga
26 de Maio de 2013 - 11:52
"E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude." (Vinícius de Moraes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário