quarta-feira, 25 de março de 2009

Coração Atrasado - 25 de Março de 2009 - 11:09


Teu amor era tanto!
Eu não sabia o que fazer com ele. Como quem ganha uim brinquedo muito bom e sonhado, mas no fim, simplesmente não sabe como montar, e seu amor veio, definitivamente sem manual de instruções. Era diferente dos amores de antes, minha experiência em montar amores não me valia de absolutamente nada.
E por um tempo até tentei brincar, mas por não ter conseguido montar esse amor, decidi então todo estupor por tamanho amor não demonstrar, tive medo de não saber, de sofrer, de não saber brincar.
E fui indo, e fingindo.
E fui me enganando, e te encanando.

Até que você se cansou...

Bem no momento onde eu encaixava as primeiras peças
me tomastes o brinquedo bem no momento onde eu descobria o que era preciso pra se brincar.

Enfado, cansaço de me asistir em meio aquelas peças com cara de confuso, é isso que vejo em seus olhos.
Tua pele sempre tão quente gela pela frieza do teu olhar.
Ai de mim, tardio em sentir, preciptado em falar...
Ai de mim que agora hei mesmo de ficar sem poder brincar...

Ai de mim, homem de coração sempre atrasado...
que pulsa certo já quando o momento é passado..

[PH]elipe R. Veiga
E chegou o inver (s) (n) o...

6 comentários:

Unknown disse...

Lindo texto.

Menina Pequenina disse...

Quando o inverno chega tudfo o que devenos fazer e afofar o corbetor para chamar outro amor!

Marcelo disse...

o amor vem de dentro: de saber-se montar e remontar a si mesmo.

marcelo ribeiro disse...

você tem o dom de me deixar sem palavras, quando diz alguma coisa; e de me deixar cheio delas, quando não diz nada.

um "vai tomar no cu" cairia bem aqui...quebra qualquer tensão-pós-parto. iuahiuha

fala sério que o texto não está complicado: você que complica as coisas. :-p
hahahahaha como é bom não medir palavras!

marcelo ribeiro disse...

só dou licença se for com cedilha.

:p

Unknown disse...

Sem palavras... Lindo!

(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...