quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Amanhã - 29 de Outubro de 2009 - 00:45

Foto: Natália Lages
Dores infinitas
Problemas insolúveis
Erros irreparáveis
Saudades eternas
E tantas outras coisas imutáveis
Tal qual o passado que não volta atrás
Mas para todas as outras coisas

Existe o amanhã...
Existe?
Não sei, amanhã eu descubro...

[PH]elipe R. Veiga
"Nem tudo que acaba aqui deixa de ser infinito"
Saudades...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O Melhor e o Pior - 27 de Outubro de 2009 - 10:09


O que fazer?
As mais belas paisagens que nossos olhos puderam ver
foram as que vimos enquanto viajavamos pelo corpo um do outro
ainda me lembro de cada detalhe...
Os melhores sabores destilamos dos lábios um do outro
E que beijos eram esses, não?! Inacreditáveis
Roubavas-me o fôlego e me levavas próximo ao afogamento
Me afogava em teu beijo.
O mais belos discursos eram enunciados pelo encontro dos nossos olhares.
O melhor amor foi o nosso com certeza, complicado mesmo, mas perfeito pra se amar
Talvez perfeito exatamente por ser complicado.
Tu eras na medida até nos defeitos.
O melhor lugar? Essa é fácil, seu abraço.
A melhor canção? Seu sorriso, sua gargalhada insana
ria de sua inocência enquanto você achava que era de suas piadas
Sua inocência era encantadora
E que sorriso lindo!
Principalmente quando vinha acompanhado de um "eu te amo" que parava meu coração.
E agora? O pior de tudo?
Como posso continuar depois de tudo isso perder?
Como sinto sua falta, como amo você...
Dizem que você habita em mim, só em mim agora
mas por mais que eu procure
tudo que encontro sou eu mesmo, e mesmo assim pela metade
Da rosa só o que sobrou foram os espinhos
o aroma, a textura, as pétalas e o vermelho (que sempre foi minha cor favorita)
tudo lembrança
tudo espinho
Tudo saudade
Em tudo
amo você!
Até nos espinhos...


[PH]elipe R. Veiga
"_Acho que não nascemos um pro outro..."
"_Se eu não nasci pra você, eu não nasci pra ninguém!"
(L)

domingo, 25 de outubro de 2009

Não, Sei, Nada Sei - 25 de outubro de 2009 - 12:31


Penso na superficialidade das coisas
e na superfície das coisas
penso nas coisas
e penso, e peso as coisas
e sinto as coisas
e toco as coisas
e vejo as coisas
e percebo as coisas
e faço das coisas coisas que não sei
sai de mim cada coisa
que coisa é essa?
No fim a coisa que tenho que perceber, percebo
ela me persegue de costas
olhando-me nos olhos
andando de costas pro resto das coisas
e percebo que o que resta é o resto
o resto das coisas é o que resta
a vista resta de uma outra vida
o hoje resta de ontem
amanhã restará de hoje
e eu... resto de você
resto em meio as coisas que restam
e de mim... o que será que há?
o que será que há de restar?
Não sei...
nada sei...


[PH]elipe R. Veiga

Refletindo os restos sobre os restos do que resta... no espelho...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ponto Final (… ? !) – 15 de Outubro de 2009 – 20:37


De todos os covardes, eis que eu sou o mais miserável deles

Pois sou covarde até diante da minha própria covardia

Opróbrio, meio homem, meio nada, sigo na margem da vida dos outros

Pelos outros, nos outros, com os outros, tão dos outros que já não sou meu, que já não sou eu, desde que deixei de ser seu, eu já nem mesmo sou…

Metade, ou metade da metade, ou ainda um décimo disso

Uma fração, uma divisão, um resto

Lixo não reciclável

Uma parte de um todo inexistente,

Um ser dolorido e inexpremivelmente carente

Pratico diariamente a mendicancia de cuidados e carícias que deixaram de existir

A cada dia sou menos

A cada dia dói mais

A cada dia a noite é mais longa

A ausencia é mais presente

O vazio é mais completo

Irremediável, irreparável

Dói

Ponto .

Ponto final…

Se ao menos houvesse um ponto final

Mas em mim há exclamações, interrogações e reticências apenas

Há penas

Tão miserável sou que me compadeço de mim mesmo

O mundo é uma grande engrenagem

Que faz minha dor seguir adiante…

Crescente

Reticente

Sem jamais encontrar um ponto onde se ache um final

Sem jamais encontrar

Um ponto final (…) (???) (!!!)

Sem jamais

Sem mais…

Sem

Você

Sem

Mim

Sem

Nós

Sem…

[PH]elipe Ribeiro Veiga

sábado, 3 de outubro de 2009

patrick!


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...Quanta Saudade...
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(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...