domingo, 25 de outubro de 2009

Não, Sei, Nada Sei - 25 de outubro de 2009 - 12:31


Penso na superficialidade das coisas
e na superfície das coisas
penso nas coisas
e penso, e peso as coisas
e sinto as coisas
e toco as coisas
e vejo as coisas
e percebo as coisas
e faço das coisas coisas que não sei
sai de mim cada coisa
que coisa é essa?
No fim a coisa que tenho que perceber, percebo
ela me persegue de costas
olhando-me nos olhos
andando de costas pro resto das coisas
e percebo que o que resta é o resto
o resto das coisas é o que resta
a vista resta de uma outra vida
o hoje resta de ontem
amanhã restará de hoje
e eu... resto de você
resto em meio as coisas que restam
e de mim... o que será que há?
o que será que há de restar?
Não sei...
nada sei...


[PH]elipe R. Veiga

Refletindo os restos sobre os restos do que resta... no espelho...

2 comentários:

Fruto que vem da terra seca disse...

NO fim é que se inicia o começo...Em meio a cinzas reerguer uam vida que aos olhos é resto, quando na verdade é semente... Não restmaos de pessoas, somos completos, apenas acrescentamos nada mais que isso. Ès incrivel, e possuidor de grande sentimentalidade. Não deixe de nos ofertar sua sentimentalidade. Beijos poéticos
Obs.: Feliz dia do poeta Phelipinho*-*

DTA

O Ilusionista disse...

Nossa, ficou uma obra prima. É realmente incrível o que você consegue fazer com as palavras. Meus parabéns

(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...