domingo, 27 de dezembro de 2009

Aos Nós Basta - 27 de Dezembro de 2009 - 14:20


Vão dizer e vão falar
vão citar os nós do nosso amor.
Vão refletir e se desgastar
tentando achar razão em sua dor.

Vão dizer mal e mal dizer
e diante disso ignorarei todo este dito
Pois a nós bastará tão somente saber
O NOSSO AMOR FOI DENTRE TODOS, CERTAMENTE O MAIS BONITO!!!

[PH]elipe Ribeiro Veiga

PS: Saudades...

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Quem ama não esquece quem ama
O amor é assim
Eu tenho esquecido de mim
Mas d'ela eu nunca me esqueço

Por ela esse amor infinito
O amor mais bonito
É assim nosso amor sem limite
O maior e mais forte que existe

Roberto Carlos



quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Rosas - 24 de Dezembro de 2009 – 00:34


Foto: Nossas rosas e a camisa que você usou naquele dia...



Acordei pronto pra ceder ao pranto
Fui comprar nossas rosas e esperei minha carona…

Ela atrasou…

No caminho pensava em nós, lembrava de nós
Chorava de fora pra dentro só pra ninguém perceber…

Parecia que ia te encontrar, pensava em tudo que queria dizer
Tudo que queria pedir
Falar
Declarar
O quanto precisava chorar…

Seria um ano juntos
Estariamos certamente, mais uma vez
Deixando o mundo inteiro acordar e a gente indo dormir…
Porque juntos nosso dia nascia sempre feliz e inundado de ternura…

Pensei em tudo que perdi

O seu jeito de andar quicando
Tentando a cada passo se distanciar desse mundo

Agora contemplas aturdido todas as nossas vaidades

Costumava pensar o quanto você estava perdendo por não estar aqui
Agora penso no tudo que você pode ter ganho

Quem perdeu fomos nós…

Ironia… seu novo endereço? Jardim das Rosas…
Essas que tem me falado tanto de si mesmas ultimamente…
Ando dividindo nosso amor com elas…

Aquela grama remechida sinalizava um verdadeiro terremoto
Parecia meu coração
Todo fora de prumo e tentando se remendar em meio as fissuras deixadas…

Compreendi que assim também estava você em mim
Subterrâneo, alimentando minha existência
Me fazendo mais forte
E fazendo florescer na superfície dele coisas que farão ele ficar mais bonito

Os romanos diziam que as rosas acalmavam a alma dos mortos
Costumavam cultivar suas próprias rosas para o momento da morte
Hoje aquelas rosas venceram os canhões da nossa morte

Levei obviamente duas rosas
Pois lá jaz um corpo
Mas duas almas
A minha
A sua
A nossa.

Voltarei lá mais vezes
E plantarei rosas sobre nós
Pra que nossas almas estejam sempre acalmadas
Até que possamos nos encontrar de novo.

Te amo

PS: Saudades.


[PH]elipe Ribeiro Veiga
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_Quer namorar comigo?
[silêncio...]
_Não sei...
_Não sabe o quê?
_Suas cortinas não combinam com meu sofá!
_Quê?!
_Claro que quero!!!
[23/12/2009]
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Por Causa do Nosso Amor – 21 de Dezembro de 2009 – 21:10




Viver sem você não é viver

É definhar em minha vida a tua… que já não mais é

Onde já não somos, mas…

Que poder tem nosso amor…

Por ele minha pulsasão é ignorada

Meus passos são silenciados

Toda realidade é tolice

Por causa do nosso amor

Nada sobrou

Estou contigo e tu comigo, eu tem ti, tu em mim…

Meu peito é o abrigo da vida que de ti restou

E vivo pra não deixá-la morrer

Respiro hoje por mim e por você

Respiro, acordo, falo, me movimento

Tudo isso só pra jamais te esquecer

Nosso amor fez isso

Morri contigo

Tu vives comigo

Viver a dois é dificil

Viver por dois?

Muito mais…

Muito mais quando se já morreu

Quando tudo o mais já se perdeu…

Mas quando se perdeu tudo

O que mais há pra se temer…

Perder?

Agora tenho tudo

Porque não tenho nada

Não tenho nada

Porque não te tenho

Não tenho medo

Porque já morri…

[PH]elipe Ribeiro Veiga

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“O homem, nascido de mulher, é de poucos dias e cheio de dificuldade. Nasce como a flor, e murcha; como uma sombra passageira, não permanece.”

Livro de Jó 14:1,2

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“Pelo que julguei mais felizes os que já morreram, do que os que ainda vivem”

Salomão - Livro de Eclesiastes 4:2

domingo, 13 de dezembro de 2009

Dói - 14 de Dezembro de 2009 - 05:04



Dói
Saudade dói
Perder dói
Sofrer dói
Existir dói
Viver dói
Lembrar dói
Esquecer (se possível é...) dói
Dormir dói
Sonhar dói
Acordar dói
Sangrar dói
Chorar dói

Não te ter? Dói mais que tudo...

[PH]elipe R. Veiga

E lá vou eu carregando a herança que me deixastes... ou sendo carregado por ela...

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Desespero - Paulo Marques (Paulovsky)

A alma do mundo não me chega…
As alegrias não me dão o oxigénio…
O sol não me aquece…
Os amigos não me chegam…
Quero-te.

Fonte: http://pensamente.wordpress.com/2006/05/06/desespero

sábado, 12 de dezembro de 2009

Reflexões do Subsolo do Paraíso – 12 de Dezembro de 2009 – 14:16




Eis que acenderam uma vela no paraíso e a fumaça veio descendo
e formando nuvens escuras em nosso torpe céu. E eu estava a desperdiçar mais uma
tarde a encarar os esmos céus (a espera nem sei do quê) quando fui tomado por
uma reflexão a respeito desse nosso lugar que nada mais é que o subsolo do
paraíso. Subsolo porque está abaixo, e porque é permeável e permite que desça
pra cá tudo que de lá é expurgado. Comecei a questionar o porque de aqui
estarmos nós soterrados… afinal, quem habita o subsolo senão insetos, vermes e
mortos?! Deus! Faz todo sentido!




Mas foi ai que a história ficou mesmo interessante…

Me ocorreu um fato… Acaso não se enterram também os tesouros? E nessa reflexão adormeci… e embarquei navegando na fumaça daquela mesma vela…

Tive então um sonho de mil dias onde Deus nosso Senhor roubava dos devaneios adormecidos de Seu Pai, o implacável Senhor de coisa nenhuma sua idéia mais insana. A construção de uma colônia subterrânea habitada por vermes, mortos, insetos e diamantes, e enterrou-a secretamente. Assim sendo, desde então Deus descansa sentado em cim de seu tesouro secreto e roubado. E em meu sonho Ele me contou todos, isso mesmo, absolutamente todos os segredos do que é, do que não é, e do que deixou de ser.

Óbvio que ao acordar eu esqueci de tudo isso, que a propósito, só conto aqui porque faz algum tempo, tudo que me resta é sonhar, e me esconder neste mundo onde não há interdítos.

E me pego agora com o coração a berros mudos pedindo e implorando:

“Deus! Desenterra-nos, se acaso somos mesmo teu tesouro, pois apodrece sob teus eternos passos todo o teu ouro!”

[PH]elipe R. Veiga

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Janela Quebrada – 11 de Dezembro de 2009 – 21:40


Faz algum tempo já!

Tua atitude vai ficando no passado e vai se tornando cada vez mais presente. Com aquela derradeira estupidez tu quebrastes o vidro da minha janela. Agora essa chuva pode entrar. E logo eu que costumava passar as tardes da minha tola existência a ilusionar cada pôr do sol por detrás do que hoje é esse vidro, esse coração estilhaçado! Agora estou aqui, encharcado com essa tempestade da qual as nuves de origem são meus verdes olhos que você costumava elogiar tanto, agora vermelhos pela fúria das águas.

E é amargo pois nada foge a verdade, a água tudo revela. Eu estou aqui pingando realidade e invejando dia após dia as janelas distantes, invejo as alucinações dos ditos loucos e dos ditos sãos.

Queres saber a grande verdade que a chuva me trouxe?

Que estupidez!

É só uma questão de tempo…

[PH]elipe R. Veiga

"Aqueles que sofrem, aqueles que se consomem, desejam descanso; Não desejam o horror da continuação de uma vida pessoal, o ilusório e o horrível escárnio do credo cristão. Todos os homens desejam descanso, repouso. O descanso, o repouso, é pois a condição da felicidade. Mas ai! A matéria está em perpétuo movimento."

Fernando Pessoa

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Intocados - 8 de Dezembro de 2009 - 23:57


E foi descendo encosta abaixo
rodeando os riachos
desenhando os montes
desaguando na baía
delineando os bairros
moldando os elevados
erguendo os prédios
enterrando os bondes
derrubando os cortiços
multiplicando as covas
fazendo crescer os pequenos
fazendo cair ao chão as folhas das árvores
fazendo abrir cada flor, murchar cada flor
e as ruas se multiplicam
as casas, condomínios
e vão nascendo, crescendo, (re)produzindo e morrendo
e seguem os homens
e segue o rio, e o de Janeiro
e segue fevereiro, março...
segue o tempo
descendo encosta abaixo
rodeando riachos...

Assistindo a tudo isso
em algum banco de praça
estamos eu, sua ausência
e nosso amor...
absolutamente intocados...

[PH]elipe R. Veiga


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"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."
(Mario Quintana)
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And I'll remember you
And the things that we used to do
And the things that we used to say
I'll remember you
That way
And everything you hoped would last
It just always becomes your past
It hurts
(Remy Zero - Perfect Memory)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Desaguar – 06 de Dezembro de 2009 – 22:01



Eis que a vida não é nada

É apenas uma ciranda que segue a entreter os desocupados

Eis que a vida é uma divina mancada

Que faz de todos os homens igualmente culpados

Eis que o dia segue cinzento

E em cada esquina buscamos razão de viver

Eis que nos falta paz e alento

E resignosamente seguimos tentando ainda crer

Eis que o que há de bom se dilui no mal do mundo

E o que temos se perde no que perdido está

Eis que a bondade é a vaidade de corações vagabundos

E o paraíso que se espera, acreditem, jamais sequer existirá.

Eis que a vida é um ponto final entre o sujeito e o predicado

Uma frase interrompida sem sucesso na emissão da mensagem

Eis que “a vida é” mesmo “um adeus demorado

Eis que minha vida é uma tempestade de muito esperada estiagem.

Não há nada

Nada…

Nada é o mar onde o rio de todas as coisas deságua…

E é pra lá que seguimos todos…

E pra quê nadar contra a correntêsa?

Eu vou tão somente boiar

Contemplar os tons do céu

As aves a voar

Os relâmpagos e raios…

Sentir a chuva

Estar vivo é estar na chuva

Até que eu desague no mar dos esquecidos

Talvez lá haja paz…


Talvez…


[PH]elipe R. Veiga

"Morrer é dormir, sonhar talvez." - W.Shakespeare

(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...