Vão dizer e vão falar
Ó tu que tens nas mãos, sob os diversos sentimentos que se renovam a cada página inda não lida. Não repares se a forma é apurada ou se a métrica foi talvez torcida, olhe somente a Vida nos meus versos que a Vida do meu verso - é a minha vida" (Vinícius de Moraes)
domingo, 27 de dezembro de 2009
Aos Nós Basta - 27 de Dezembro de 2009 - 14:20
Vão dizer e vão falar
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Rosas - 24 de Dezembro de 2009 – 00:34
_Quer namorar comigo?[silêncio...]_Não sei..._Não sabe o quê?_Suas cortinas não combinam com meu sofá!_Quê?!_Claro que quero!!![23/12/2009]
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Por Causa do Nosso Amor – 21 de Dezembro de 2009 – 21:10
Viver sem você não é viver
É definhar em minha vida a tua… que já não mais é
Onde já não somos, mas…
Que poder tem nosso amor…
Por ele minha pulsasão é ignorada
Meus passos são silenciados
Toda realidade é tolice
Por causa do nosso amor
Nada sobrou
Estou contigo e tu comigo, eu tem ti, tu em mim…
Meu peito é o abrigo da vida que de ti restou
E vivo pra não deixá-la morrer
Respiro hoje por mim e por você
Respiro, acordo, falo, me movimento
Tudo isso só pra jamais te esquecer
Nosso amor fez isso
Morri contigo
Tu vives comigo
Viver a dois é dificil
Viver por dois?
Muito mais…
Muito mais quando se já morreu
Quando tudo o mais já se perdeu…
Mas quando se perdeu tudo
O que mais há pra se temer…
Perder?
Agora tenho tudo
Porque não tenho nada
Não tenho nada
Porque não te tenho
Não tenho medo
Porque já morri…
[PH]elipe Ribeiro Veiga
“O homem, nascido de mulher, é de poucos dias e cheio de dificuldade. Nasce como a flor, e murcha; como uma sombra passageira, não permanece.”
Livro de Jó 14:1,2
Salomão - Livro de Eclesiastes 4:2
domingo, 13 de dezembro de 2009
Dói - 14 de Dezembro de 2009 - 05:04
As alegrias não me dão o oxigénio…
O sol não me aquece…
Os amigos não me chegam…
Quero-te.
sábado, 12 de dezembro de 2009
Reflexões do Subsolo do Paraíso – 12 de Dezembro de 2009 – 14:16
Eis que acenderam uma vela no paraíso e a fumaça veio descendo
e formando nuvens escuras em nosso torpe céu. E eu estava a desperdiçar mais uma
tarde a encarar os esmos céus (a espera nem sei do quê) quando fui tomado por
uma reflexão a respeito desse nosso lugar que nada mais é que o subsolo do
paraíso. Subsolo porque está abaixo, e porque é permeável e permite que desça
pra cá tudo que de lá é expurgado. Comecei a questionar o porque de aqui
estarmos nós soterrados… afinal, quem habita o subsolo senão insetos, vermes e
mortos?! Deus! Faz todo sentido!
Mas foi ai que a história ficou mesmo interessante…
Me ocorreu um fato… Acaso não se enterram também os tesouros? E nessa reflexão adormeci… e embarquei navegando na fumaça daquela mesma vela…
Tive então um sonho de mil dias onde Deus nosso Senhor roubava dos devaneios adormecidos de Seu Pai, o implacável Senhor de coisa nenhuma sua idéia mais insana. A construção de uma colônia subterrânea habitada por vermes, mortos, insetos e diamantes, e enterrou-a secretamente. Assim sendo, desde então Deus descansa sentado em cim de seu tesouro secreto e roubado. E em meu sonho Ele me contou todos, isso mesmo, absolutamente todos os segredos do que é, do que não é, e do que deixou de ser.
Óbvio que ao acordar eu esqueci de tudo isso, que a propósito, só conto aqui porque faz algum tempo, tudo que me resta é sonhar, e me esconder neste mundo onde não há interdítos.
E me pego agora com o coração a berros mudos pedindo e implorando:
“Deus! Desenterra-nos, se acaso somos mesmo teu tesouro, pois apodrece sob teus eternos passos todo o teu ouro!”
[PH]elipe R. Veiga
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Janela Quebrada – 11 de Dezembro de 2009 – 21:40
Tua atitude vai ficando no passado e vai se tornando cada vez mais presente. Com aquela derradeira estupidez tu quebrastes o vidro da minha janela. Agora essa chuva pode entrar. E logo eu que costumava passar as tardes da minha tola existência a ilusionar cada pôr do sol por detrás do que hoje é esse vidro, esse coração estilhaçado! Agora estou aqui, encharcado com essa tempestade da qual as nuves de origem são meus verdes olhos que você costumava elogiar tanto, agora vermelhos pela fúria das águas.
E é amargo pois nada foge a verdade, a água tudo revela. Eu estou aqui pingando realidade e invejando dia após dia as janelas distantes, invejo as alucinações dos ditos loucos e dos ditos sãos.
Queres saber a grande verdade que a chuva me trouxe?
Que estupidez!
É só uma questão de tempo…
[PH]elipe R. Veiga
"Aqueles que sofrem, aqueles que se consomem, desejam descanso; Não desejam o horror da continuação de uma vida pessoal, o ilusório e o horrível escárnio do credo cristão. Todos os homens desejam descanso, repouso. O descanso, o repouso, é pois a condição da felicidade. Mas ai! A matéria está em perpétuo movimento."
Fernando Pessoa
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Intocados - 8 de Dezembro de 2009 - 23:57
rodeando os riachos
desenhando os montes
desaguando na baía
delineando os bairros
moldando os elevados
erguendo os prédios
enterrando os bondes
derrubando os cortiços
multiplicando as covas
fazendo crescer os pequenos
fazendo cair ao chão as folhas das árvores
fazendo abrir cada flor, murchar cada flor
e as ruas se multiplicam
as casas, condomínios
e vão nascendo, crescendo, (re)produzindo e morrendo
e seguem os homens
e segue o rio, e o de Janeiro
e segue fevereiro, março...
segue o tempo
descendo encosta abaixo
rodeando riachos...
Assistindo a tudo isso
em algum banco de praça
estamos eu, sua ausência
e nosso amor...
absolutamente intocados...
[PH]elipe R. Veiga
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And I'll remember you
domingo, 6 de dezembro de 2009
Desaguar – 06 de Dezembro de 2009 – 22:01
Eis que a vida não é nada
É apenas uma ciranda que segue a entreter os desocupados
Eis que a vida é uma divina mancada
Que faz de todos os homens igualmente culpados
Eis que o dia segue cinzento
E em cada esquina buscamos razão de viver
Eis que nos falta paz e alento
E resignosamente seguimos tentando ainda crer
Eis que o que há de bom se dilui no mal do mundo
E o que temos se perde no que perdido está
Eis que a bondade é a vaidade de corações vagabundos
E o paraíso que se espera, acreditem, jamais sequer existirá.
Eis que a vida é um ponto final entre o sujeito e o predicado
Uma frase interrompida sem sucesso na emissão da mensagem
Eis que “a vida é” mesmo “um adeus demorado”
Eis que minha vida é uma tempestade de muito esperada estiagem.
Não há nada
Nada…
Nada é o mar onde o rio de todas as coisas deságua…
E é pra lá que seguimos todos…
E pra quê nadar contra a correntêsa?
Eu vou tão somente boiar
Contemplar os tons do céu
As aves a voar
Os relâmpagos e raios…
Sentir a chuva
Estar vivo é estar na chuva
Até que eu desague no mar dos esquecidos
Talvez lá haja paz…
[PH]elipe R. Veiga
"Morrer é dormir, sonhar talvez." - W.Shakespeare
(...)
Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...
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Eis que a vida não é nada É apenas uma ciranda que segue a entreter os desocupados Eis que a vida é uma divina mancada Que faz de todos ...
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Os sentimentos sim é que são os senhores do tempo. O amor torna um fim de semana uma vida inteira. O tédio, uma hora uma semana e meia. O s...
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Você nasceu numa quinta. Eu nasci numa quarta-feira. Meu caminho se enlaçou ao seu por essa virtualidade antiga a que chamam paternidade. E ...