terça-feira, 21 de outubro de 2008

Nada à Dores (Nada Querida, Nada.)- 20 de Outubro de 2008 - 23:45




Nada querida, nada,
nada nesse mar seus segredos contará.
Nada menina, nada,
nada neste mar irá se conquistar.

Nem suas seduções rasas
ou suas deduções raras.
Nem sua profundidade de sentimentos
ou sua superficialidade de pensamentos.

Nada bela dona, nua,
neste mar que te abrasa mas não te abraça.
Pensas que tens a Terra como tua,
mas nada neste mar de vida escassa.

Nada senhorita, inundada,
te dará os mares de mim por possessão.
Portanto saias enquanto não maculada
e larga este resignado coração.

Porque de ti quero os lábios
para um certo beijo imaginar,
porém não quero de seus olhos
ver uma gota sequer sangrar.

Então te aviso de antemão!
Nada, minha dama neste amargor
te permite esse coração
que pra outra entregou seu amor.

A você reservada está a desilusão,
e uma ressaca sem sal,
ondas de empolgação
e o afogamento fatal.

Então...nada querida...
Nada neste nado amador.
Nada pela tua vida
e vai-te com outro viver teu amor...

[PH]elipe R. Veiga

2 comentários:

Menina Pequenina disse...

Que maneira eufemica dedizer Não a alguém! Perfeito e profundo... Ah se quiseres ler o meu texto poetinha...
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1239151

beijos desculpa a propaganda!

Anônimo disse...

o nada que passa em um momento pode ser o principio de um TUDO que vem por ae! o negócio é não se afogar no nada, pq no TUDO é muito mais saboroso!
deixa que esse nada seja passageiro e não que ele te leve!

bjus
V

(...)

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