domingo, 22 de agosto de 2010

O Novo Amor - 18 de Agosto de 2010 - 17:35


Um novo amor é como ter um filho...
A gente fica maior, nosso humor sofre de variações, ficamos bestas e sensíveis. Gastamos por conta, parece que tudo gira em torno daquele amor que ainda está em gestação. Você ama o novo amor em imaginação muito antes de ele vir a nascer. Você se protege mais porque sabe que está mais frágil e suscetível a coisas que outrora eram muito simples mas que agora podem abortar o novo amor. Você muda, se sente mais homem ou mais mulher, se sente mais importante (e é porque cada vez mais se vêem pessoas que sofrem de esterelidade do coração)...Você dá nomes e apelidos ao novo amor, fica ansioso, preocupado, tenta ser ou se tornar tudo que acha que o novo amor gostaria de você... E sente medo... Muito medo... Poque o mundo é mau... E muitos são os amores que jamais alcançam sequer a primeira infância... São brutalmente assassinados. Você sonha o amor dia e noite...e as vezes dá até aquela tristeza... Porque nada é pra sempre... E ninguém a ninguém pertence...

Que dó...
Os amores são como filhos... Os geramos para além de nós mesmos... Logo existirão fora de nossa imaginação, correrão riscos, farão escolhas que escapam a mãe de todos os amores... A saber... A imaginação...
É... Um dia os amores crescem e se vão...Deixa eu me aquietar dessas angústias, fechar os olhos e descansar... Porque quanto a mim... Meu coração já dilatou e começo a sentir as primeiras contrações.

[PH]elipe Ribeiro Veiga

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Eu tenho que arranjar
Algum conforto pra viver
Paixão é bom, eu sei
Já tive mais de mil
Mais de mil vezes eu vi
Que era engano
Que era por mim que eu
Estava chorando
E tanto tempo eu tento
Que me sirva de consolo
Eu quero amar alguém
Sem delirar de novo
Se Deus existe mesmo
E o amor é seu agente
Então ele só pode
Fazer bem pra gente

Cazuza - Conforto


6 comentários:

Ingrid disse...

sempre perfeito!..

Cristiano Contreiras disse...

...mas, há luz, e há amores que perduram mais que rebentos.

Marcelo Ribeiro disse...

desejo que o amor se faça, como fez-se o verbo, e dele nasça palavra.

Anônimo disse...

Lindo texto.
Parabéns !

Bjo e Te Sigo ......

Anônimo disse...

linda concepção, além de tudo conversando com o poema, adorei.

Marcio Nicolau
www.espacointertextual.blogspot.com

Ingrid disse...

KD vc??? volta!...

(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...