domingo, 8 de julho de 2012

Sobre o porque da recordação.


Não sei que juízo me acometerá depois de tudo, quando já não for. Todavia vivo tentando a impugnação própria, e ser inocentado ao menos pelos que amo. Se há pecado de qualquer lado dos trópicos de meu coração, seria não viver, pois quando se toma consciência do todo indivisível que somos, e de que cada segundo é O Presente, não há perda de tempo. O que perdemos é a atenção ao tempo, mas ele segue mesmo assim, sem se preocupar. A Vida segue pra morte mesmo de olhos fechados, ela sabe o caminho, "decorado".
E sabendo disso, quando fico só eu me aproveito, aconchego-me a mim, faço-me companhia, converso comigo, ouço queixas e reflexões. Expando-me pra dentro.
Hoje revirava uma caixa de memórias e me confessei a mim mesmo. Preciso dessas evidências em defesa própria. Provo-me a mim. Tenho vivido sem enquanto!!
Satisfiz-me em meu jeito de ser, abracei-me, e assim vou sendo... Juntando os cacos dos dias sabendo que isso não é tudo, mas é parte de um todo que sou, e que graças a Vida não sou só meu.

Phelipe Ribeiro Veiga
08 de julho de 2012-17:35

"só quem se mostra se encontra, ainda que se perca no caminho" -Cazuza


3 comentários:

Anônimo disse...

"Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos.
Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo.
Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio..."

Li, me recordei de vc e de toda sua complexidade! Rs

P R V disse...

Aff, me esqueço de proibir comentários anônimos! ;-)

Beatriz Adrien disse...

Lá no fim o livro quee u te dei, o Relexões para o bem viver. Que bom saber que você ainda o guarda. Gostei muito do que li.

(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...