domingo, 19 de maio de 2013

Sobre o diário de suas ausências.



Enquanto os ponteiros vão arranhando as horas eu vou colecionando suas ausências. Vou engolindo os versos que nascem do desespero da saudade, as músicas que só fazem sentido sob a sombra de quem não está. A imaginação que não é mais minha, é sua, haja vista que fica perseguindo seus passos, seus risos, seus exasperos, imaginando e imaginando você, fazendo pouco da realidade que é de fato pouca sem a sua companhia.
A saudade arranha. A saudade, aranha, tece teias sobre todos os batentes, deixa rastros invisíveis pros olhos, latentes a todos os outros sentidos. A saudade é líquida. Vai achando brechas em todos os significados e significantes, vai completando minhas frases, sugerindo palavras, cores, momentos. A saudade vai erodindo silenciosa e desesperada. 
Contempla meu amor, as luzes dessa cidade. A saudade é mais ofuscante, é maior. A saudade é atroz. Só não é mais forte que a sua presença quando você está. 

Um beijo de quem conta os segundos pra você voltar.

Phelipe Ribeiro Veiga
19 de Maio de 2013 - 20:08

“Darling, Se você soubesse como a minha vida ficou monótona; Tão sem gosto de nada. Às vezes tenho impressão que não vou poder mais agüentar nem mais 5 minutos sem te ver.
E ainda faltam tantos 5 minutos, meu bem.
Eu te adoro, te entendo, te venero. Tu és a minha vida, meu tudo. É diferente. Eu sou teu escravo, teu criado e tua cria. E tu és a minha namorada ilícita, esposa amantíssima e cidadã ímpar na terra”

Vinícius de Moraes

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