sexta-feira, 3 de junho de 2011

Texto masturbatório




Estou tentando estuprar minha poesia. É que seria muito gostoso nesse momento me deitar com ela nessa paisagem digital na qual usualmente a desposo, mas ela não quer. Ela fecha as pernas pra mim, se recusa, faz pouco do meu tesão. Ela é tinhosa, do tipo que não faz o que não quer, e faz de mim o que quiser. Já apaguei tantas páginas, já desconsiderei tantos temas, já joguei fora tantos rascunhos. Já rimei pra ela, já tentei todo tipo de preliminar. Mas não, hoje a poesia não quer me dar. Daí, só me resta esse prazer solitário, querelante e incompreendido acionar. Essa masturbação ridícula de palavreado vazio que não faz endurecer nem muito menos gozar. Quer saber? Vou trabalhar. Até!

Phelipe Ribeiro Veiga
03 de Junho de 2011 - 14:03





5 comentários:

Anônimo disse...

(...) KKKK...chega a ser engraçado ao ponto que chega a ser excêntrico esse seu desejo...mais gostei gostei cara...abraçosss..fuiiiiiiiiiiiii!!!

Unknown disse...

maravilhoso!!!! como fã dos poetas malditos, adoro poesia masturbatoria - adorei o termo e a definição.

Ingrid disse...

muito bom Phelipe..
vivo aos teus escritos ..
beijo

Denilson disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Denilson disse...

Nossa, texto cômico e faz o poeta entender muito bem,pois quantas vezes a inspiração se distancia?
"Já apaguei tantas páginas, já desconsiderei tantos temas, já joguei fora tantos rascunhos. Já rimei pra ela, já tentei todo tipo de preliminar." (como a frase de Quintana que esta em seu blog, estou sendo lido por seu poema) rssrs
Nossa, como gostei dos textos que li por aqui: sensibilidade, reflexão, dentre outras coisas boas, que pude sentir!
Gostaria que me honrasse com sua visita ao meu blog:
http://divaedevaneios.blogspot.com/

Um grande abraço!

(...)

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