sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E o que se aprendeu com os nossos nós.

 Patrick Kitzinger - 05/02/1985 - 23/09/2009


Escrevo pra ti! 
Escrevo pra ti da mesma forma que costumavamos sorrir um pro outro. Espontâneos, leves, porém inevitáveis. 
Nosso amor se arrastava sobre nossas vidas feito uma nascente silenciosa, fazendo burbulhos entre nossos sonhos e defeitos, seguindo promissor montanha abaixo, ficando caudeloso, margeado imensamente, sabiamos, o destino era o imenso mar. 
É sempre um compromisso tão fácil de se cumprir, falar de ti sem pesar, com alegria, levesa, sem deixar a saudade embassar. É que é isso que tua lembrança me traz, é esse dom de certeza que nossa história tinha pra ambos, essa certeza de sinceridade, de entrega, de reciprocidade. 
Esse amor se alastrou em mim e sobrevive em cada amor que eu amar. Hoje, graças a você, sou um amante responsável, consciente do custo de se fazer acontecer uma verdadeira história de amor que não se contente em ser verdadeira, mas que além disso, seja bela. É difícil alinhar esses conceitos com os levianos que tem topado meu caminho, mas não me arrependo não. É com a continuidade do amor que você me ensinou a amar, com a dedicação que você jamais hesitou em me exemplificar e o cuidado que eu espero ainda um dia achar por aí que eu semeio amor em minha vida, um amor mais feliz, com frutos mais saborosos. E tudo por causa de nós. 
Saiba, guardo tua memória nas atitudes mais miúdas, nos sorrisos mais sinceros, nos impetos mais leais de meu coração, e sei, enquanto eu der continuidade ao crescimento de mim que você iniciou, estaremos ambos vivos, descansando sob roseiras, num sol que é sempre primaveril.
Com amor e saudade intermináveis.
Seu mogwai.


Phelipe Ribeiro Veiga
23 de setembro de 2011 - 03:58

4 comentários:

Anônimo disse...

Faço minha tua dor... Perder um amor é doloroso e dificil, ainda mais quando eel foi ceifadoda terra dos viventes.
Mas a vida contiua, a lembrança viva esta,ame o proximo amor com toda intensidade e será feliz.

Me orgulho de vc

Anônimo disse...

roseiras..

é.. saudade imensa que jamais terá fim.

Butterfly disse...

Te li. E me li neste dia 23 de setembro, o dia que mais amo e aguardo todo ano. E este foi um 23 triste que eu tentei reverter e imaginar diferente.

À vc desejo: sabedoria para entender o que teimosamente já sabemos mas acreditamos assim mesmo.
Bjos

Anônimo disse...

Deleita se na amargura, e ignora meus sentimentos vibrantes, cheios de esperança. Então, boa viagem. Pegue o retorno assim que conseguir tomar um novo rumo em sua vida, quem sabe estarei ainda aqui.

(...)

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