sábado, 30 de julho de 2011

Mapa do amor eterno




Me dá um hidrocor?!
Eu vou riscar uma palavra em mim, escondida, pra que você vasculhe meu corpo. Movido por sua curiosidade, por quereres saber qual a cor, que palavra, qual o som? Curiosidade de me vasculhar, de me virar do avesso, e pra cada lugar em que não achares a palavra, dar-me-ás um beijo de imposto, pedágio ou coisa assim, a cada três palavras, dar-me-ás uma palavra tua, pra ser ela cativa em mim. Essas palavras serão minhas, só usarás comigo, só falarás a mim. Vasculha, investiga, investe sobre mim dentes, palmas, dedos, sombras, suspiros e coisas do tipo, porque há uma palavra em mim... um risco, que arrisco em riscar, um rabisco secreto e escondido e que te arriscas a tentar achar... e de tanto buscares essa palavra desconhecida, se com sorte, jamais achares, assim, e não de outro jeito, e não de outra forma, me amarás para sempre, vasculhando-me...

Phelipe Ribeiro Veiga
30 de Julho de 2011-14:50

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu achei lindo... Que o teu mapa do amor não demore pra ser achado!

Felicidades ai Hurricane Boy

Ingrid disse...

que delícia Phelipe...
cor e um amor..
beijos perfumados..

(...)

Eu vi uma casa se despir. Era uma despedida. Se despia dos quadros das paredes e exibia as marcas do tempo como um corpo que, após usar por ...